A investigação da polícia do Piauí sobre o desaparecimento da menina Vitória Raquel, de 2 meses de vida, apontou que o casal acusado estava infiltrado na comunidade onde mora a mãe da garota, Mires Lima, e já havia visitado hospitais para aliciar mães que quisessem dar seus filhos.
O inquérito foi feito pela delegada Andrea Magalhães em parceria com o delegado Carlos César Camelo e o Núcleo de Inteligência da Polícia do Ceará. A equipe descobriu que o ex-deputado Fausto Henrique de Oliveira e a mulher, então identificada como Michele, estavam em Teresina há vários dias para poder conseguir levar a menina.
Ex-deputado Fausto de Oliveira
Segundo a delegada, o casal alugou uma casa próxima ao Hospital do Promorar, tentou se infiltrar na comunidade, chegando a ir a hospitais e à Maternidade Evangelina Rosa. O intuito era aliciar mães que quisessem dar seus bebês.
"Nós temos a filmagem do Fausto e da Michele numa festa da comunidade, no dia das crianças, onde é possível ver os dois conversando com as mães da região. Temos a informação de que eles andaram nos hospitais do Promorar e do Dirceu e na maternidade aliciando pessoas que quisessem dar seus bebês", disse.
Michele ou Gleides Cavalcante de Carvalho
A delegada afirmou também que os dois se passavam por casal de Teresina, que morava na zona leste. Michele, na verdade Gleides Cavalcante de Carvalho, se passava por uma mulher estéril e já tinha tentado adotar uma criança por vias legais e não havia conseguido.
Além de Fausto e Gleides, entre os presos estão ainda Jaqueline, Conceição e Joana. "Os dois conheceram a Mires através da Jaqueline. Conceição teria procurado o casal a pedido da mãe [Miris]. Desde que estava grávida, Miris estava procurando alguém para dar a criança, como ela havia feito com a outra filha de 1 ano e 8 meses", disse a delegada.
Em depoimento, segundo Andrea, Miris procurava uma pessoa que permitisse que ela mantivesse contato com a filha.
Fausto teria se apresentado a Miris como se morasse na zona leste de Teresina. A investigação aponta que Miris teria dado a menina para Joana, que teria passado para o casal.
*do Cidade Verde
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